Segunda Guerra Mundial

O fascismo na Itália

Durante a Grande Depressão (1929-1933)milhões de pessoas do mundo inteiro ficaram sem trabalho, sem esperança e sem saber que rumo tomar. Essa situação favoreceu o surgimento de políticos e pensadores que propunham soluções autoritárias e acusavam as democracias liberais de serem incapazes de atender às necessidades básicas da população.

A solução, diziam os políticos autoritários, era um governo forte, dirigido por um líder único que fosse uma espécie de “salvador da pátria”. Essa solução tinha um nome: fascismo. Grupos fascistas surgiram em vários países da Europa e, em alguns deles chegaram a tomar o poder.

A palavra fascismo vem de fascio (que em italiano significa “feixe”, “união”). Uma das características principais do fascismo é o nacionalismo extremado. Os fascistas defendiam a necessidade de uma nação forte, unida, sem luta de classes, a fim de que a Itália revivesse o as glórias do Antigo Império Romano.
Para o líder máximo do fascismo na Itália, Benito Mussolini:

· a guerra é fator de progresso ( momento de renovação da humanidade);
· a vida é um combate constante;
· o comunismo e a democracia devem ser instintos;
· a vontade da pessoa está subordinada à do Estado(governo).

Colocar-se contra o Estado era uma atitude considerada pelo fascismo como crime, que deveria ser punido sem piedade. Daí a máxima fascista: Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado.

O principal promotor das idéias fascistas na Itália era Benito Mussolini. Ao voltar da Primeira Guerra Mundial, porém, da qual participou como combatente, Mussolini abandonou o ideal socialista e fundou, em 1919, os fasci italiano di combattimento – organização que deu origem ao movimento e ao partido fascista.

A épica do surgimento do fascismo na Itália coincidiu com o fim da Primeira Grande Guerra. O país lamentava grandes perdas materiais e humanas e devia enormes quantias aos banqueiros norte-americanos e ingleses. O desemprego, que vinha crescendo, aumentou ainda mais com a volta para a casa de 2 milhões de soldados; além disso, muitos italianos não se conformavam com o fato de seu país não ter ganho territórios, apesar de ter lutado na guerra ao lado dos vencedores.
Nesse contexto conturbado o movimento fascista começou a crescer, ganhando apoio de famílias ricas, e de ex-combatentes, de desempregados, de pequenos camponeses e marginais. Em 1921, esse movimento deu mais um passo: transformou-se em um patido político, o Partido Nacional Fascista, que, poucos meses depois, já contava com 300 mil filiados obedientes ao comando de Benito Mussolini, o Duce (chefe).


O nazismo na Alemanha

Embora a Alemanha tivesse começado a se recuperar a partir de 1925, pois fora o país mais castigado pela Primeira Guerra Mundial, a inflação, a dívida externa, e o desemprego continuaram altos. Isso facilitou o avanço dos socialistas e dos comunistas, que mostravam sua força conseguindo eleger um grande número d parlamentares, e também o surgimento de partidos que prometiam soluções rápidas, “mágicas”, para a crise. Um desses partidos era nazista fundado em 1919, mesmo ano em que admitiu o ex-cabo Adolf Hitler.

Falando ao público, Hitler culpava os políticos liberais pela derrota da Alemanha na guerra e pelas condições humilhantes impostas ao país pelo Tratado de Versalhes. Dizia também que o povo alemão era “superior aos demais e, apesar disso, estava entregue aos pontapés do resto do mundo”. Com esse discurso inflamado e demagógico Hitler tornou-se, em pouco tempo, o líder absoluto do Partido Nazista.

O nazismo se distinguia dos demais movimentos autoritários por três de seus princípios:

· a superioridade da raça ariana. Para Hitler existiria uma raça pura (a ariana), da qual provinham os alemães, que era superior a todas as outras.Por isso, os arianos tinham o direito de escravizar as “raças inferiores”;
· o anti-semitismo. Os nazistas tinham ódio aos judeus, argumentando que eles haviam contaminado a raça ariana. Assim, para salvar a Alemanha e purificar a raça ariana, os judeus deveriam ser exterminados;
· a necessidade de um espaço vital. Para Adolf Hitler, os alemães precisavam conquistar territórios de outras nações a fim de se realizarem plenamente.

Outras razões influenciaram milhões de pessoas a aderirem ao nazismo foi a ação da eficiente máquina de propaganda montada pelos nazistas: grandes comícios, reuniões, folhetos e, além disso, as ações violentas, como intimidação, seqüestros e ameaças aos adversários políticos.

A Segunda Guerra Mundial

Depois da primeira Guerra Mundial, em 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes. Para muitos historiadores, este tratado foi também um dos motivos da Segunda Guerra Mundial, pois a maior parte dos alemães ficou descontente com os seus termos. A Itália e o Japão também ficaram insatisfeitos com os tratados que assinaram nessa época, pois esperava receber muito mais do que de fato conseguiram.
Para as pessoas que tinham passado pelos sofrimentos da guerra, a criação da Liga das Nações, em 1925, representou uma esperança de que os países pudessem resolver suas disputas pacificamente, o que não aconteceu. O fracasso da Liga das Nações também tem sido apontado por muitos historiadores como outra das causas da Segunda Guerra Mundial.
A crise do capitalismo, que ocorreu a partir de 1929, agravou a situação mundial. A diminuição do consumo, da produção e do número de empregos contribuiu para o estabelecimento do nazismo na Alemanha e reforçou o fascismo na Itália. Ocupados em tentar solucionar seus problemas econômicos e sociais, os americanos pouco interferiram nos assuntos mundiais.

O Prenúncio Sombrio

Em 1933, assim que assumiu o poder, Hitler organizou o Terceiro Reich, assumindo o título de Führer do Reich, e começou a militarizar a Alemanha, desafiando abertamente as imposições impostas pela França e pela Inglaterra no Tratado de Versales. A Itália de Mussolini também nutria fortes ressentimentos e relação à Inglaterra a à França, pois havia participado da Primeira Guerra Mundial ao lado desses países e não obtivera as compensações territoriais que haviam sido prometidas. O Japão, por sua vez, industrializava-se rapidamente e ambicionava ampliar seus mercados e áreas de influência. Já Roosevelt, após seu empossamento como presidente dos Estados Unidos, abandonou o liberalismo puro dos republicanos e lançou um programa baseado na grande intervenção do Estado nas atividades econômicas, o New Deal (seus resultados logo se fizeram sentir, a economia capitalista estava salva).
Desafiando a ordem internacional vigente, na década de 30 o Japão, a Itália e a Alemanha adotaram uma política declaradamente imperialista.

O imperialismo Japonês

No início do século XX o Japão era uma potência industrial, a única de toda a Ásia. E tinha deixado de ser vítima do imperialismo para tornar-se, ele próprio, um país imperialista. Em 1931, o Japão iniciou uma forte investida no Extremo Oriente e ocupou a Manchúria, uma província chinesa rica em minérios e solos férteis.
A Liga das Nações, que era controlada pela Inglaterra e pela França, nada fez para socorrer a China. Ela adotou uma “política de apaziguamento” em relação às investidas imperialistas do Japão, da Itália e Alemanha, não aprovando nenhuma penalidade contra os agressores. Essa passividade foi um dos fatos que incentivou Hitler e Mussolini a interferir também na Guerra Civil Espanhola.

Guerra Civil Espanhola

Em 1923 a Espanha caiu sob a ditadura do General Primo de Rivera, apoiado pelo rei Afonso XIII. Em 1930, pressionado por manifestações sociais de descontentamento contra o desemprego e falta de liberdade, renunciou seu poder.

Após uma Assembléia Constituinte (1931) em que os partidos de esquerda (socialistas, principalmente) conquistaram quase 70% dos votos, o rei abdicou e a Assembléia proclamou a república. Foi o início de intensos conflitos entre duas forças antagônicas:
· a Frente Popular, que agrupava os partidos de esquerda e era apoiada pelos trabalhadores;
· a Falange, de tendência fascista, que reunia os grupos de direita: militares, conservadores, setores da Igreja.

Em 1933, a direita venceu as eleições. Mas três anos depois foi derrotada pela Frente Popular, que formou um governo cujo programa estabelecia a reforma agrária como meta a ser alcançada a curto prazo.

A reação dos grupos conservadores foi imediata. Em 1936, tropas espanholas estacionadas no Marrocos (colônia da Espanha no norte da África), chefiadas pelo general Francisco Franco, se rebelaram contra o governo das esquerdas.

Teve então, início a uma sangrenta guerra civis entre os falangistas, dirigidos por Francisco Franco, e as forças da Frente Popular, chamadas de “republicanas”. Enquanto os falangistas tiveram ao seu lado Mussolini (Itália) e Hitler (Alemanha), que apresentaram sua intervenção como uma cruzada antibolchevique; esse governo republicano contou apenas com a precária ajuda da União Soviética e das Brigadas Internacionais, formadas por pessoas idealistas de todo o mundo que queriam combater o fascismo.

A guerra, que provocou quase 1 milhão de mortos e cerca de 2 milhões de feridos, terminou em 1939 com a vitória dos falangistas. Franco assumiu o título de generalíssimo e implantou um regime autoritário, em muitos aspectos semelhantes ao fascista, ficando no poder até 1978, ano em que morreu.
Para a Alemanha, a Guerra Civil Espanhola (de 1936 a 1939) representou um campo de teste para as armas que seriam utilizadas na Segunda Guerra Mundial.

Em 1937 o Japão atacou e ocupou boa parte da China. Uma vez mais, a Liga mostrou-se imponente.

Ambições japonesas

Ambições alemãs

Ambições italianas

O Expansionismo Italiano

Em outubro de 1935, a Itália de Mussolini afirmou o seu imperialismo invadindo a área que corresponde hoje à Etiópia, país situado no nordeste da África, e que tomou Adis Abeba, sua capital.
Diante disso, a Liga das Nações, seguindo sugestão da Inglaterra, determinou que os países que a integravam deviam parar de comerciar com a Itália. Tal proibição, no entanto, não chegou a afetar a economia do país, porque nações fortes como os Estados Unidos e a Alemanha – que faziam parte da Liga – continuaram a vender-lhe matérias primas essenciais, como petróleo e carvão. A conquista da Etiópia pela Itália, consumada em 1936, provou que a Liga da Nações era incapaz de assegurar a paz mundial.

O Nazismo Alemão mostra suas garras

Afirmando que os alemães precisavam de “espaço vital”, isto é, de mais territórios para realizar seu sonho de grandeza, os nazistas ocuparam a Renânia, região situada entra a França e a Alemanha. De acordo com o Tratado de Versalhes essa região devia permanecer desmilitarizada, mas os nazistas desrespeitaram a proibição.
A França não reagiu, embora sua segurança estivesse sendo ameaçada. A Inglaterra por sua vez, também não se manifestou. Encorajado pela omissão dessas grandes potências, Hitler deu o segundo passo: aliou-se a Mussolini, em 1936, e juntos participaram da Guerra Civil Espanhola em favor dos fascistas espanhóis. A seguir, Hitler e Mussolini solidificaram sua aliança, formando o Eixo Roma-Berlim, bloco político e militar que, em setembro de 1940, com o Japão passaria a constituir o Eixo Roma-Berlim-Tóquio.
Em março de 1938, a Alemanha anexou a Áustria. Um mês depois, essa anexação foi aprovada por 90% dos leitores austríacos. Como se vê, o nazismo era popular na Áustria. Em seguida, Hitler passou a exigir os Sudetos, região da Tchecoslováquia em que viviam 3 milhões de alemães. O governo tcheco decidiu resistir aos nazistas e, para isso, pediu auxílio à França.
A França, porém, preferiu reunir-se com a Inglaterra, Alemanha e a Itália pra resolver o problema. A principal interessada – a Tchecoslováquia – não foi convidada para a reunião. Em setembro de 1938, Hitler, Mussolini, e Chamberlain( Inglaterra) e Daladier( França), reunidos na Conferência de Munique, decidiram que a Alemanha podia ocupar os Sudetos.

"O Senhor não poderia dar um jeitinho de arrombar a porta sem quebrar a tranca?"

A Inglaterra e a França julgaram que depois de “ganhar” os Sudetos, Hitler não exigiria mais nada. Enganaram-se: no ano seguinte, os nazistas invadiram a Tchecoslováquia, desrespeitando o que havia sido combinado em Munique. A próxima vítima seria a Polônia.aqui
Antes disso, porém, o líder nazista assinou um pacto de não-agressão com seu arquiinimigo, o líder comunista Josef Stalin, da União Soviética. Secretamente, decidiram também que a Polônia seria dividida entre os dois países. Esse acordo com a URSS era vantajoso para a Alemanha, pois, em caso de guerra, não teria de lutar em duas frentes.
Cinco dias depois, m 1º de setembro de 1939, os alemães invadiram e ocuparam o oeste da Polônia. Dias depois os soviéticos abocanharam a parte leste, conforme o combinado.
A Inglaterra reagiu declarando guerra à Alemanha. Era 3 de setembro de 1939; para os europeus começava a Segunda Grande Guerra.

A blitzkrieg

No ataque à Polônia, os alemães lançaram uma nova tática de combate, conhecida como guerra-relâmpago (blitzkrieg, em alemão). A “blitz” consistia em desfechar um ataque maciço, usando, ao mesmo tempo, a força aérea (Luftwaffe), divisões blindadas de tanques (panzers) e tropas de infantaria.

Os aviões começavam o bombardeio; a seguir, os tanques avançavam, abrindo caminho para a infantaria, que ocupava o território inimigo rapidamente. O adversário tinha a impressão de que estava sendo atacado de todos os lados ao mesmo tempo. Utilizada pela primeira vez contra a Polônia, a guerra-relâmpago foi um sucesso: a Polônia resistiu 27 dias; a França caiu em apenas 20 dias.



No início da Segunda Guerra, a Alemanha conseguiu vitórias consecutivas por meio da guerra-relâmpago. Em 9 de abril e 14 e junho de 1940 foram invadidos e conquistados cinco países: a Dinamarca, a Noruega, a Holanda, a Bélgica e a França.
Na Europa ocidental, só a Inglaterra continuava desafiando o poderio nazista. Liderados por Winston Churchill, os ingleses resistiram ao bombardeio aéreo sobre Londres com todas as suas forças. No ar, a aviação inglesa, a RAF (Royal Air Force), conseguiu várias vitórias contra a aviação alemã, a Luftwaffe. A mais importante delas foi a Batalha da Inglaterra decisiva para o desfecho da Segunda Guerra. Em homenagem à vitória dos pilotos ingleses nessa batalha, disse Churchill:
“Nunca (...) tantos deveram tanto a tão poucos”.

A expansão Japonesa e a guerra no Oriente

O imperialismo japonês tinha grande interesse nas colônias européias situadas no Extremo Oriente. Os militares que governavam o país acreditavam que o único grande obstáculo para a sua expansão naquela área era a presença norte americana no Pacífico. Por isso, em 7 de dezembro de 1941, os japoneses desfecharam um ataque contra a base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, destruindo boa parte de sua poderosa frota. Os Estados Unidos reagiram declarando guerra ao Japão. Em seguida, Hitler e Mussolini declararam guerra aos EUA. Nos meses que se seguiram ao ataque a Pearl Harbor, os japoneses conquistaram boa parte do Extremo Oriente.

A Ofensiva dos Aliados

Com a entrada da URSS e dos Estados Unidos na guerra definiram-se os blocos oponentes. De um lado estavam Alemanha, Itália e Japão, as potências do Eixo; do outro, Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e França, as potências aliadas.
Guerra na União Soviética
Interessados nas riquezas soviéticas (petróleo, minérios) e devotando o ódio ao comunismo, os alemães invadiram a União Soviética em 22 de junho de 1941. Eram 2 milhões de homens, 3300 tanques e 5 mil aviões.
Inicialmente a “blitz” alemã funcionou: os alemães avançaram 750 quilômetros pelo território soviético em apenas 20 dias, matando centenas de milhares de pessoas. Surpresos, os soviéticos recuaram, mas antes destruíram todo que pudesse ser útil ao adversário: fábricas, hospitais, plantações. Era a táctica de terra arrasada.
Cedendo espaço, os soviéticos tiveram tempo para organizar-se e impedir a queda de Moscou. Hitler decidiu então invadir a importante cidade industrial e Stalingrado, ao sul de Moscou. Lá foi travada a maior batalha da Segunda Guerra: a Batalha de Stalingrado (de novembro de 1942 e fevereiro de 1943) que terminou com a vitória dos soviéticos.
Era a primeira derrota alemã na Segunda Guerra. Os soviéticos quebraram, assim, o mito de invencibilidade nazista. Depois disso, eles passaram ao ataque eforam obrigando os nazistas a fugir de volta para a Alemanha. Durante sua marcha, o exército soviético extirpava os nazistas dos países ocupados por eles: Bulgária, Romênia, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia, Iuguslávia.

Os Estados Unidos na Guerra

A entrada dos Estado Unidos também foi decisiva para o resultado dessa guerra. Desde o começo os norte-americanos já fornecia aos Aliados matérias-primas, alimentos, metralhadoras, tanques, aviões e navios. Em dezembro de 1941, após o ataque de Pearl Harbor, o país entrou oficialmente no bloco dos Aliados. Os EUA estavam em rápido crescimento industrial e militar e expandiam-se pelo Pacífico, o que tornava inevitável o choque com o Japão,que tinha interesses imperialistas naquela área.
O momento crucial da disputa pelo Pacífico entre japoneses e norte-americanos foi a Batalha de Midway, travadas ntre 4 e 7 de junho de 1942 e vencida pelos Estados Unidos, que destruiu quatro porta-aviões japoneses e perdeu apenas um. Mas foi na batalha de Guadalcanal, na disputa pelas ilhas Salomão, que começou a derrocada japonesa: a frota imperial perdeu dezenas de navios, 3 mil aviões e mais de 6 mil homens.
A partir de 1943, ao mesmo tempo que o exército soviético marchava em direção à capital da Alemanha, uma parte das tropas anglo-americanas iniciou uma contra-ofensiva na Ásia, e outra tomou o norte da África, possibilitando aos Aliados o controle do mar Mediterrâneo.o, que começou a derrocada jal encida pelos Estados Unidos, que destruiu quatro porta-avi Alemanha. iente.rriteses.
Partindo do norte da África, os Aliados desembarcaram na ilha da Secília e dali partiram para a libertação da Itália. À medida que as forças anglo-americanas avançavam, os próprios fascistas italianos forçaram a renúncia de Mussolini e assinaram um acordo de paz com os Aliados. Mussolini, não se deu por vencido. Com o apoio dos alemães, fundou a República Social Italiana, no norte do país. Esse governo, porém, pouco durou: os próprios italianos, com a ajuda dos Aliados, libertaram Roma e depois avançaram em direção ao norte da Itália. Em abril de 1945, os nazi-fascistas que controlavam a porção norte do país se renderam. Mussolini foi capturado e morto pela resistência popular italiana.

O Dia D na França e a derrota da Alemanha

Após a libertação da capital da Itália, em 4 de junho de 1944, os Aliados colocaram em prática um plano antigo: um desembarque maciço na Normandia (França). O dia escolhido, 6 de junho de 1944, foi chamado de Dia D, em código, para que os alemães não pudessem identificar a data nas transmissões por rádio.
Os alemães foram pegos de surpresa e o avanço anglo-americano tornou-se irresistível: em 25 de agosto de 1944 eles libertaram Paris das mãos dos nazistas. A seguir, marcharam em direção à Alemanha. Assim, em pouco tempo Berlim estava sendo bombardeada por anglo-americanos, de um lado, e soviéticos, de outro. O Terceiro Reich estava com os dias contados.
Em fevereiro de 1945, certos da vitória, Stálin, Roosevelt e Churchill encontraram de na Conferência de Ialta. Nessa cidade, discutiram os termos de rendição que seria imposta à Alemanha e seus aliados e a necessidade de criar uma nova organização internacional encarregada de manter a paz.
Hitler exigiu que todos os alemães entrassem na luta: idosos, mulheres e crianças receberam armas para lutar até a morte. Mas foi em vão. Em 30 de abril, diante de derrota iminente, Hitler e Eva Braun, com quem ela havia se casado quatro dias antes suicidaram-se. Em 8 de maio de 1945 os alemães assinavam sua rendição incondicional.Era o fim da guerra na Europa. Derrotada a Alemanha, realizou-se a Conferência de Potsdam, em julho de 1945, onde foi decidido que a Alemanha deveria reduzir seu poderio militar, pagaria indenizações de guerra e teria seu território dividido entre a França, a Inglaterra, os Estados Unidos e a União Soviética.

Bomba sobre o Japão

No extremo oriente, entretanto, o Japão continuava resistindo ao avança norte-americano das mais variadas formas. Uma delas assombrou o mundo: seus pilotos suicidas – os Kamikazes – atiravam-se sobre os navios americanos carregados de explosivos.
Com o objetivo de apressar a rendição japonesa e mostrar ao mundo o seu enorme poderio bélico, os EUA lançaram duas bombas atômicas sobre o Japão: a primeira em Hiroshima (6de agosto) e a segunda em Nagasaki (9 de agosto).
Os sobreviventes da bomba atômica tiveram de suportar os terríveis efeitos da radiação nuclear: queda de cabelo, queimaduras, leucemia e vários tipos de câncer, principalmente de pele.
Em 2 de setembro de 1945, o Japão assinou a rendição incondicional. Era o fim da Segunda Guerra no Extremo Oriente.

Começa uma nova guerra

A guerra deixou um saldo dramático: um prejuízo de 1,5 trilhão de délares, a morte de 55 milhões de pessoas, das quais aproximadamente a metade eram civis.
O conflito acentuou o declínio político da Europa e assinalou o início da disputa pela supremacia mundial entre os Estados Unidos e a União Soviética. A rivalidade entre essas potências aumentou após a guerra e transformou-se numa luta que persistiu, sem ser armada nem declarada, a chamada Guerra Fria.

Bibliografia

Livros:
· História Moderna e Contemporânea, Editora Scipione, Milton & Maria Luiza
· Descobrindo a História, Idade Moderna e Contemporânea, Editora Ática, Elio Bonifazi e Umberto Dellamonica
· História Sociedade e Cidadania, Editora FTD, Alfredo Boulos Júnior

Site:

· www.wikipédia.com.br